Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Banquete

A República de Platão é o livro mais conhecido do filósofo grego. Contudo, em "O Banquete", também conhecido como Simpósio, Platão vai discutir as naturezas do amor e da alma.

Ensino | pensamentos e reflexões sobre Avaliação (III)

27.05.22 | Servido por José Manuel Alho

Planificar - Agir

Identifico-me com a dificuldade que resulta do imperativo de dar resposta à questão “PORQUE VOU APRENDER?”

Educar é ser um artesão da personalidade, um poeta da inteligência, um semeador de ideias”. (Augusto Cury)

Porque hoje, mais do que nunca, é preciso imaginação, criatividade, persistência, vontade e gosto pela atividade docente. Ao professor de hoje, reiteramente atacado por quem o deveria valorizar e proteger, exige-se a capacidade de, no meio de tão vasta e rica panóplia de estímulos e ofertas, despertar a curiosidade no aluno para a aprendizagem, mantendo a disciplina – que vocábulo/predicado tão estigmatizado!

Posto desta forma tão linear, pode até parecer uma tarefa simples, mas diante do contexto social em que vivemos – e para quem não conhecer a realidade de uma sala de aula – conseguir despertar a curiosidade dos alunos, manter a atenção e a disciplina é uma verdadeira arte. Ensinar é, por isso e cada vez mais, demonstrar ao discente a beleza e o poder de pensar, de partir as algemas que tornam o ser humano inusitadamente coisificado, alienado, dominado pela globalização e pelas redes sociais. Mais do que nunca, cumpre formar pensadores porque só dessa forma estaremos a formar indivíduos livres, capazes de duvidar, de criticar, de sentir, de intuir, de lutar por si e pelo bem comum. Pensar é viver. Na verdade, pensar é encontrar o seu caminho.

Daí que procure ultrapassar esta dificuldade esforçando-me, numa luta que sei desigual, para que a Escola que represento, a sala de aula onde leciono não sejam realidades desfasadas do mundo real, que as minhas crianças conhecem de outros contextos e que também marcam as suas vidas.

 

 Como é preparar as diferentes atividades/situações para os mesmos objetivos de aprendizagem?

Cumpre, acima de tudo, fazê-lo em função da diversidade. Da diversidade de alunos. Da diversidade de contextos. Da diversidade de pontos de partida. Da diversidade de expectativas.

A partir dessa diversidade, tomam-se decisões forçosamente diferenciadas que terão de ser, sistematicamente, revisitadas quanto mais não seja como forma de monitorização do trabalho, de moderação, de produção de feedback e de avaliação.

Imagem Freepik

Entrevista do Ministro da Educação: finou-se o benefício da dúvida!

23.05.22 | Servido por José Manuel Alho

1.jpg

Com a autoridade de quem ousou conceder o benefício da dúvida ao novo Ministro da Educação, sinto-me particularmente à vontade para, agora - e depois da sua entrevista ao "Expresso" - confessar a minha profunda desilusão e antecipar, com fundamento, quatro anos de acentuada degradação do setor.

A entrevista rebenta com a mais ténue esperança de regeneração da política educativa seguida desde Maria de Lurdes Rodrigues. É, genuinamente, desastrosa, mas reveladora.

A entrevista não é uma infelicidade. É uma escolha. É a reafirmação do caminho que nos conduziu à situação presente. E é nessa medida que, todos, se devem preparar para o pior.

Desde as toscas tentativas de torturar os factos, assomou-se o intolerável atrevimento de, uma vez mais, atacar os professores, principalmente, quando afirmou "os professores foram formados para dar aulas só a bons alunos" (sic). Tal conclusão, além de falha de prova, só pode resultar - numa abordagem bondosa - de um entendimento de bolha, que apenas subsistirá à margem da realidade da escola pública portuguesa.

Imagine-se a Ministra da Saúde vir a terreiro assegurar que "os médicos foram formados para tratarem de pessoas saudáveis"?!

De resto, a integralidade da entrevista já foi suficientemente analisada pelo que se afigura desnecessário novas apreciações.

No mais, fica a convicção de que não haverá vontade para atacar a falta de atratividade da carreira docente, consubstanciada nos garrotes à progressão e no apagamento de mais de 6 anos de serviço efetivamente prestado. Entre apelos à resignação e a propositura de atalhos para suprir a crise de profissionais legalmente habilitados para a docência, sobra a impressão de que não haverá horizonte de esperança para os professores portugueses.

A entrevista não é uma infelicidade. É uma escolha. É a reafirmação do caminho que nos conduziu à situação presente. E é nessa medida que, todos, se devem preparar para o pior.

Imagem Freepik

Ensino | pensamentos e reflexões sobre Avaliação (II)

16.05.22 | Servido por José Manuel Alho

Ensinar – Aprender – Avaliar

Procuro, de forma sistemática, mas nem sempre conseguida, que a minha prática sirva o propósito maior de, na Escola, todos participarmos na construção de um futuro em que possamos ser correalizadores do nosso destino. Creio até que esse sempre foi, é e será o desígnio maior da Escola e da minha profissão.

Daí que aposte em valores, em tudo dissonantes, das trinta e uma narrativas descritas no artigo “Os demónios da avaliação: memórias de professores enquanto alunos”, (Matias Alves, José, Cabral, Ilídia: 2015). Trata-se de relatos intoleráveis de abuso de poder, assentes na arbitrariedade, frustração, humilhação, discriminação, ofensa, distância e até na violência, que há muito importa erradicar e prevenir.

Se professor é sentir empatia pelo outro, principalmente, pelo aluno. Ou como muito bem ressalvou Paulo Freire, não há “docência sem discência, não há docência sem querer bem (o bem) aos educandos”

Ensinar é, para mim, aceitar uma nova centralidade enquanto mediador que harmoniza diferentes premissas necessárias à vida como: o conhecimento, o afeto, o cuidado e a tolerância, muito para além das dimensões técnica e científica.

Daí que o papel do aluno seja o de ator principal, que beneficia da ação do professor mediador, ponderada para oferecer ao discente o protagonismo para integrar o conhecimento, com os inputs do mundo contemporâneo. E com que finalidade? Lembrando a célebre frase de forma Olivier Reboul: “Vale a pena ser ensinado tudo o que une e tudo o que liberta. Tudo o que une, isto é, tudo o que integra cada indivíduo num espaço de cultura e de sentidos.”

Concorre para esse fim o trabalho colaborativo entre professores, por contraponto à ação docente individualista e solitária, em resumo, uma profissionalidade interativa (Fullan & Hargreaves, 2001) que construa uma genuína comunidade profissional de aprendizagem.

 Como é que esses princípios e valores estão presentes na organização das aulas? E na organização da avaliação?

Esses valores e princípios traduzem-se num investimento diário, que prioriza a empatia com todos e com cada um dos alunos. Desde o acolhimento – faço-o, individualmente, ao início da manhã, à entrada para a sala – até aos planos de aula que privilegiam a diferenciação pedagógica, burilada, em trabalho associativo, com as colegas da Educação Especial e Inclusiva e das Medidas de Promoção do Sucesso Escolar.

Faço-o prestando atenção aos pormenores, dentro e fora da sala de aula. Mas, na sala, procuro ter gestos que revelem a minha humanidade, gestões de atenção, de escuta que expressem o meu apreço, o meu reconhecimento e o meu compromisso com os alunos.

Em consequência, a avaliação está organizada para, mais do que ser provadamente contínua, ser tendencialmente formativa. Aposto na definição, atempada e clara, dos objetivos das aprendizagens, com métodos e abordagens variados para aferir da compreensão do aluno. Esforço-me diariamente por envolver os meus alunos nos processos de aprendizagem, estabelecendo meios e formas de lhes dar feedback do seu desempenho para os compatibilizar com as necessidades diagnosticadas.

Imagem Freepik

A propósito do 111º aniversário do Jornal de Albergaria.

12.05.22 | Servido por José Manuel Alho

2.jpg

 

Durante largos e felizes anos, fui colaborador assíduo do Jornal de Albergaria, muito por força de um repto indeclinável do seu Diretor à época, Dr. Mário Jorge Pinto. Por razões que também ajudarão a explicar – ainda hoje – a insuficiência de apoio(s) e de reconhecimento da imprensa local e regional, seguiu-se um interregno na sua publicação que, mais tarde, conheceu o seu termo graças ao arrojo militante de Paulo Jonas Simões.

Sempre defendi que a imprensa escrita local é mais autêntica, menos prolixa, mais simples. Retrata um universo onde somos atores, com maior ou menor protagonismo, em função do papel que aceitamos desempenhar na comunidade. Interfere com os nossos interesses de trabalhadores, de moradores, de dirigentes associativos; dá-nos conhecimento(s) das festas da nossa terra, dos resultados dos clubes desportivos; do nosso familiar ou amigo que casou ou emigrou. Em resumo, arrisco (mesmo) afirmar que a imprensa local continua muito mais humanizada.

Em função deste lastro, lembro ainda um tempo em que a ausência de notícias, exponenciada pela inexistência da internet ou do telemóvel, obrigava as pessoas a sair de casa, quase em romaria, e a procurar as novidades nas gordas e nas miúdas dos jornais locais. Era um ritual. Falava-se da bola, acicatava-se a mais recente trica política, comentavam-se os crimes e até por que razão os buracos nas ruas teimavam em reaparecer dias após serem reparados.

A Imprensa local é, de modo incontroverso, um meio de comunicação com forte relevância pública no que concerne à divulgação dos acontecimentos políticos, sociais, desportivos e culturais. Ademais, contribui para o armazenamento e o enriquecimento do acervo cultural e histórico da localidade onde se inclui.

Este vínculo telúrico tem ainda o condão de promover o desenvolvimento da comunidade local, tornando-a mais informada e conectada às suas raízes, já que, quem compra estes jornais ou os lê num dos cafés da terra, ou na sala de espera de um consultório, dará importância às notícias reportadas de uma forma (muito) mais sentida. São factos ou acontecimentos próximos da sua vida quotidiana. Assuntos que inquietam. Questões que preocupam.

Cumulativamente, a imprensa local – mesmo quando se socorre da imagem – prioriza a escrita. E escrever é acomodar ideias. É dá-las a conhecer aos outros concidadãos. É aceitar o diálogo e o debate de opiniões. É qualquer coisa que se lê, que se guarda em recorte e se perpetua na memória porque se pode reler ou consultar no futuro. Um artigo de jornal é uma peça histórica. O jornalismo escrito é, em suma, perene.

Sempre defendi que a imprensa escrita local é mais autêntica, menos prolixa, mais simples. Retrata um universo onde somos atores, com maior ou menor protagonismo, em função do papel que aceitamos desempenhar na comunidade. Interfere com os nossos interesses de trabalhadores, de moradores, de dirigentes associativos; dá-nos conhecimento(s) das festas da nossa terra, dos resultados dos clubes desportivos; do nosso familiar ou amigo que casou ou emigrou. Em resumo, arrisco (mesmo) afirmar que a imprensa local continua muito mais humanizada.

A transição acelerada para canais de distribuição digitais, a alteração dos hábitos de consumo e a diminuição das receitas publicitárias comprometem a viabilidade comercial e a independência dos meios de comunicação social locais. Mantenhamo-nos, por isso, vigilantes.

No entanto, o Jornal de Albergaria (JA) tem revelado estar atento a tudo o que se passa nesta terra e, através da sua publicação, dá-nos uma grande opção ao ponto de o sentirmos como exemplo informativo. Parabéns ao JA e votos sinceros de que o futuro continue a sorrir-lhe. Para bem do Jornal de Albergaria, de quem o dirige e de quem nele e com ele colabora. E, principalmente, de quem o lê!

Ensino | pensamentos e reflexões sobre Avaliação (I)

09.05.22 | Servido por José Manuel Alho

Não constituindo uma novidade absoluta, ainda suscita alguma perplexidade, polvilhada com ironia q.b., o facto de a avaliação travestir-se de grande vilã nos processos de ensino e aprendizagem vigentes no Portugal do século XXI.

Inicialmente ponderada para a compreensão dos supostos “fracassos escolares”, cedo se converteu num fator agravador de quadros usualmente irreversíveis.

Contudo, e se é verdade que a avaliação – com todos os seus dilemas e perversões – se revela formalmente responsável por uma ampla miríade de traumas e entorses educativos, que sempre privilegiaram a comparação e a divulgação das incompetências/insuficiências dos alunos, não deixa de ser incontroversa a evidência de ser (ainda) uma fonte preciosa de contributos que, se bem instrumentalizada, poderá ajudar à cura, ou à remediação, de muitos males do ensino contemporâneo.

A partir da avaliação, importará iniciar o combate das dificuldades, priorizando a diversidade. De metodologias. De estratégias. De contextos. E de finalidades.

Daí que importe abordar, crítica e reflexivamente, o modelo avaliativo classificatório, cristalizado por décadas de práxis onde o paradigma fundador, de índole marcadamente punitiva, serviu, preferencialmente, o Professor na redutora demanda testar se o aluno aprendeu os conteúdos ministrados.

Ainda assim, não é justo que estas sequelas (ou mazelas?) sejam, em exclusivo, imputadas ao Professor, à Escola ou ao Aluno. Por muito tempo, estes arquétipos sobreviveram graças à cumplicidade deliberada do poder político, a quem, em razão de interesses historicamente conjunturais, aproveitou este leque de pressupostos vincadamente dogmáticos.

Daí que cabe agora ao Professor socorrer-se da avaliação para aperfeiçoar-se. A si e ao sistema. Para diagnosticar fragilidades e potencialidades, aceitando incluir-se como agente avaliado, com influência determinante no sucesso e no fracasso.

Na verdade, o ser humano aprende a cada instante da sua existência. Momentos diversos que exigem diversidade de avaliações. E o somatório de todas elas formarão um todo que sublimarão o indivíduo humano como ser em evolução permanente, que aprende na medida em que vive. E será na certeza – ou na surpresa – desses instantes que se fará a avaliação, que se pretende mais justa, plena, integral e harmoniosa.

Porque, como muito bem assinalou Chueiri (2008), a avaliação como prática escolar não é uma atividade neutra ou meramente técnica, é sobretudo baseada num modelo teórico, da ciência e da educação, traduzido pela prática pedagógica. Esta prática ocorre por intermédio da relação pedagógica, a qual pressupõe a ação dos atores envolvidos.

Imagem Freepik

Provas de Aferição 2º Ano | hipocrisias ou pretextos?

04.05.22 | Servido por José Manuel Alho

2.jpg

 

Na sequência das Provas de Aferição (PA) já aplicadas (Educação Física + Educação Artística) para os alunos do 2º ano, do 1.º Ciclo, é possível, em função do que já é publicamente conhecido, gizar um um punhado despretensioso, mas esclarecido, de reflexões em forma de contributo pedagógico para um  futuro mais sensato e compatível com a realidade.

 

PECADO ORIGINAL: As Provas de Aferição já aplicadas parecem derivar de um pecado original: nos últimos dois anos, o mundo e a vida terão passado por momentos de absoluta normalidade. Parece mesmo fingir-se que não houve pandemia. Aparenta exigir-se de crianças, que foram sujeitas a confinamentos em momentos cruciais do seu desenvolvimento, algo para além do expectável. Na verdade, a petizada foi obrigada a confinar-se, pelo menos, duas vezes: uma no último ano do ensino pré-escolar + outra no primeiro ano de escolaridade. Por bondade, já nem me socorro dos confinamentos ditados por determinação de Direção-Geral da Saúde, que se terá deixado engolir por um frenesim de consecutivas alterações, que também não terá conhecido limites, nem acréscimo de recursos para compensação dos infetados (de alunos ou docentes).

A Prova de Aferição de Educação Física. A primeira grande hipocrisia! - assinalaria o mais cáustico. Alunos matriculados em escolas sem infraestruturas ou equipamentos, são obrigadas a deslocarem-se para outra(s) escola(s), uma realidade integralmente inóspita, porque as suas unidades de ensino não reunirão as condições impostas pelo Ministério da Educação para a realização da Prova concebida pela (própria) tutela: espaço coberto, com área mínima de 80 metros quadrados, com uma parede lisa e livre de obstáculos numa área de 2,5 m de altura por 3 m de largura. Sem contemplação, essas crianças - para quem grande parte das aulas de Educação Física, durante o inverno, são asseguradas em salas de aula sem condições - estão a ser confrontadas com exercícios em espaldares e em plintos. Poder-se-á, em boa consciência, falar de igualdade e de justiça? Como se já não bastassem as assimetrias no modo como cada agregado familiar foi obrigado a viver os sucessivos confinamentos e isolamentos profiláticos, parece assomar-se, em 2022, a intenção de submeter os mais inocentes a humilhações tão cruéis quanto desnecessárias.

A Prova de Aferição de Educação Artística. Sobre guiões, por uma questão de higiene e sanidade intelectuais, faço questão de não os adjetivar. No entanto, urge apelar ao bom senso, exigindo, pelo menos, que as tarefas propostas sejam exequíveis no tempo inicialmente estipulado, evitando cair no cinismo de alertar que as provas só estarão concluídas quando todos os alunos forem avaliados. De resto, é premente devolver ao 1.º Ciclo o conhecimento e a sensibilidade quem sabe da poda. Especialistas de gabinete poderão não ser garante suficiente de equilíbrio e razoabilidade. Assim, de pouco valerá convidar os alunos a "farfalhar" ou a construir um boneco com "barriga de balão" até porque,neste último caso, haverá sempre quem pergunte: "um balão cheio ou vazio?!" Como nota de rodapé, chega-se ao ponto de pedir-se que os alunos estejam numerados, ressalvando-se que «o número deverá ter dimensão suficiente para possibilitar uma possibilitar uma boa leitura por parte dos professores classificadores.» Será que o Ministério da Educação não terá recursos e meios para normalizar, cedendo, esta identificação sem sobrecarregar os professorzecos titulares de turma com este grau de pormenor?

Sobre a Diferenciação Pedagógica. Matam-se os professores, recorrendo a ousadas - mas pouco valoradas - estratégias que garantam a diferenciação pedagógica para alunos com medidas universais, medidas seletivas e medidas adicionais e, no momento da Provas de Aferição, todos parecem ser metidos no mesmo saco, sem direito a adaptações dimensionadas e proporcionadas à especificidade inserta no seu RTP (Relatório Técnico-Pedagógico). Será que, no Ministério da Educação, o conceito de diferenciação pedagógica (só) foi criado para a (rasa) arraia-miúda implementar? Afinal, de quem deveria vir o exemplo? Ou a diferenciação pedagógica, para a tutela, resumir-se-á à leitura de enunciados e à concessão de tempo suplementar para a realização das provas?

A grande questão. Estas provas, concebidas nestes exatos termos, serão um excesso ocasional ou terão sido concebidas para terraplanar o terreno para ulteriores medidas draconianas? Se as Provas de Aferição de Educação Física e de Educação Artística se revelam esta ..., as de Português e de Matemática, em junho próximo, adivinham-se um mimo!

Processo pesado e hiperburocratizado. Seria de esperar que, numa atmosfera de economia digital, o processo de preparação e de implementação destas PA fosse mais enxuto em vez de se revelar esta desagradável e mui penosa surpresa. Pesado. Hiperburocratrizado. Extenuante. Um dia destes, será preciso ir a Coimbra cursar uma qualquer variante para estar habilitad@ a cumprir com todas as minudências requeridas.

Da revolta e da indignação. No exercício da minha Liberdade de pensamento e de expressão, confesso-me revoltado e indignado. Pelas crianças. Pelas famílias. Neste particular, não conto, infelizmente, ser acompanhado pelos sindicatos de professores e pelas associações representativas dos Pais e dos Encarregados de Educação. Mas é, com Liberdade, que entendo: várias linhas vermelhas, para estas crianças de 7 anos de idade, foram, estranha e desnecessariamente, ultrapassadas. 

Imagem retirada daqui