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O Banquete

A República de Platão é o livro mais conhecido do filósofo grego. Contudo, em "O Banquete", também conhecido como Simpósio, Platão vai discutir as naturezas do amor e da alma.

Entre galambadas e outros ataques (miseráveis) a direitos constitucionais basilares...

22.05.23 | Servido por José Manuel Alho

Entre galambadas, ataques miseráveis ao direito constitucional à greve (veja-se o que sucedeu com as greves dos Professores), passando pela corrupção que ousa novos caminhos, até aos episódios de nepotismo na esfera autárquica, nunca, como agora, se impôs salvaguardar, refletindo, a ética republicana.

Antes de mais, a ética republicana é um conceito que se baseia nos princípios fundamentais da república, como a participação cidadã, o bem comum e a preservação do interesse público. Refletir sobre a ética republicana implica analisar a forma como esses princípios podem ser aplicados na sociedade e quais são as responsabilidades dos cidadãos e dos governantes na promoção de uma governança justa e democrática.

Em primeiro lugar, assinale-se, a ética republicana valoriza a participação dos cidadãos como elemento central para a tomada de decisões políticas. Isso significa que os indivíduos têm o direito e a responsabilidade de se envolverem ativamente na política, seja através do voto, da manifestação ou do engajamento em organizações da sociedade civil. Refletir sobre essa ética implica reconhecer a importância da participação cívica e desenhar formas de promovê-la e de fortalecê-la, garantindo que tod@s tenham voz e possam contribuir para as decisões com direta influência nas suas vidas.

Ademais, a ética republicana enfatiza o bem comum como o objetivo principal da ação política. Em contraste com interesses particulares ou de grupos específicos, o bem comum almeja o benefício de toda a sociedade, levando em consideração a diversidade de perspetivas e de necessidades dos diferentes indivíduos. Refletir sobre a ética republicana implica questionar se as políticas públicas estão realmente orientadas para o bem da coletividade ou se estão a ser desvirtuadas por interesses particulares. É, por isso, essencial que os governantes ajam de forma ética, priorizando o benefício coletivo e promovendo a igualdade, a justiça social e o desenvolvimento sustentável.

A ética republicana, ressalve-se, também pressupõe a responsabilidade dos governantes em relação ao interesse público. Os representantes eleitos devem agir de acordo com os interesses da sociedade como um todo, com transparência nas ações e no processo de prestação de contas. Refletir sobre essa ética requer avaliar se os governantes estão a cumprir essa responsabilidade com integridade.

Por fim, a ética republicana exige um sistema político e jurídico baseado em princípios democráticos e no respeito pelos direitos humanos. Em consequência, impõe-se analisar se as instituições estão a funcionar sem entorses ou distorções, garantindo a separação de poderes, a liberdade de expressão e a proteção dos direitos individuais. Também é importante ponderar sobre a inclusão e a diversidade dentro do sistema político, assegurando que todas as vozes sejam consideradas e cabalmente representadas.

Em suma, a reflexão sobre a ética republicana leva-nos a questionar a qualidade da nossa democracia, a participação cidadã, a defesa do bem comum e a responsabilidade dos governantes. Essa reflexão, contínua e exigente, é fundamental para fortalecer os princípios republicanos e construir uma sociedade mais justa, solidária e democrática.

Urge responsabilizar criminalmente quem, na sua esfera de atuação, atacou o direito constitucional à Greve.

19.05.23 | Servido por José Manuel Alho

De acordo com o S.TO.P::

Colegas, finalmente recebemos HOJE a decisão que o Tribunal da Relação de Lisboa considerou ILEGAIS os serviços mínimos contra a greve do S.TO.P. pelo menos nos dias 8, 9, 10, 13, 14 e 15 de fevereiro de 2023 (ainda falta a decisão sobre mais dias).

Isto representa uma derrota para este ME mas também contra todos que andaram a afirmar que o S.TO.P. nunca tinha colocado nenhuma ação em tribunal contra os serviços mínimos… Como na greve às avaliações em 2018, cada vez está claro quem fala verdade (e mentira) a quem trabalha nas Escolas.

Gostei em especial do remoque, com referência a 2018. Afinal aquela do “todos juntos” não é bem para levar a sério… porque há os mais puros e os outros. Fez-me lembrar certos comunicados da Fenprof, embora se perceba que a “escola” é a mesma.

Retirado daqui

"Temos é que ser gente, pá!"

18.05.23 | Servido por José Manuel Alho

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"...hoje, é muito difícil não ser canalha. Por toda a parte, só vemos pulhas. E nem se diga que são pobres seres anónimos, obscuros, perdidos na massa. Não. Reitores, professores, sociólogos, intelectuais de todos os tipos, jovens e velhos, mocinhas e senhoras. E também os jornais e as revistas, o rádio e a TV. Quase tudo e quase todos exalam abjeção."
 
(Nelson Rodrigues, 'O Ex-Canalha' • In: "A Cabra Vadia - Novas Confissões")

Provas de Aferição - urge reconhecer o erro.

05.05.23 | Servido por José Manuel Alho

Não defendo as Provas de Aferição (PA) nos exatos termos em que são aplicadas.

No caso mais clamoroso - o do 1º Ciclo - elas fariam sentido somente no 4ª ano. Assim, os resultados obtidos, bem como o leque de conclusões que deles se poderia retirar, não significam especiais ganhos. Desde logo porque, em caso de deteção precoce de dificuldades, não são alocados outros recursos para recuperar os alunos. As ilações ditarão, quando muito, a obrigatoriedade de refletir, de criar mais projetos e de conceber outros grelhados que assoberbarão (ainda mais) os professores com documentação usualmente inócua. A tutela não tem feito a sua parte.

Este ano, com a inovação de serem realizadas digitalmente. As crianças do 1º Ciclo carecem de aperfeiçoar a sua motricidade fina e a competência caligráfica, por muito que @lguns entendam não estar na moda, é crucial. De resto, subscrevo a posição da Fenprof quando também assinala "Ao exigir que todas as escolas participem nas provas de aferição em suporte digital, e não apenas as que consideram ter já capacidade tecnológica e competências digitais dos envolvidos neste processo (tal como no ano anterior), o ME introduz também como objetos de avaliação infraestruturas, conetividade, acesso a equipamentos digitais, bem como a consistência das competências para o uso de plataformas, distanciando-se ainda mais do objeto e propósito enunciados para estas provas."

Por exemplo, pedir a alunos de 7 anos de idade para imitarem o som e o movimento de uma minhoca e de um sapo cego (qual será o som de um sapo com visão?!) roça a fatuidade científica, pedagógica e didática.

A Prova de Aferição de Educação Artística. Sobre guiões, por uma questão de higiene e sanidade intelectuais, faço questão de não os adjetivar. No entanto, urge apelar ao bom senso, exigindo, pelo menos, que as tarefas propostas sejam exequíveis no tempo inicialmente estipulado, evitando cair no cinismo de alertar que as provas só estarão concluídas quando todos os alunos forem avaliados. De resto, é premente devolver ao 1.º Ciclo o conhecimento e a sensibilidade quem sabe da poda. Especialistas de gabinete poderão não ser garante suficiente de equilíbrio e razoabilidade. Por exemplo, pedir a alunos de 7 anos de idade para imitarem o som e o movimento de uma minhoca e de um sapo cego (qual será o som de um sapo com visão?!) roça a fatuidade científica, pedagógica e didática.

Sobre a Diferenciação Pedagógica. Matam-se os professores, recorrendo a ousadas - mas pouco valoradas - estratégias que garantam a diferenciação pedagógica para alunos com medidas universais, medidas seletivas e medidas adicionais e, no momento da Provas de Aferição, todos parecem ser metidos no mesmo saco, sem direito a adaptações dimensionadas e proporcionadas à especificidade inserta no seu RTP (Relatório Técnico-Pedagógico). Será que, no Ministério da Educação, o conceito de diferenciação pedagógica (só) foi criado para a (rasa) arraia-miúda implementar? Afinal, de quem deveria vir o exemplo? Ou a diferenciação pedagógica, para a tutela, resumir-se-á à leitura de enunciados e à concessão de tempo suplementar para a realização das provas?

Processo pesado e hiperburocratizado. Seria de esperar que, numa atmosfera de economia digital, o processo de preparação e de implementação destas PA fosse mais enxuto em vez de se revelar esta desagradável e mui penosa surpresa. Pesado. Hiperburocratrizado. Extenuante. Um dia destes, será preciso ir a Coimbra cursar uma qualquer variante para estar habilitad@ a cumprir com todas as minudências requeridas.

Em conclusão, importaria reconhecer o erro de continuar a promover, nestes termos, as Provas de Aferição. Corresponderia a um ato de inteligência. Natural.

Inventaram um termómetro da felicidade | Do que somos e ao que chegámos!

04.05.23 | Servido por José Manuel Alho

Há um limite para aquele experimentalismo exibicionista, que, em abstrato, serve intentos servilistas no âmbito de propagandas baratas. Seja na Educação ou em qualquer outro setor.

A felicidade deve ser fomentada, estimulada e promovida por humanos para usufruto humano. Por e para tod@s. Alunos, professores, assistentes operacionais, assistentes técnicos...

Pelo meio, não seria descabido criar um termómetro de justiça/gratificação salarial só para ficarmos com uma ideia de como os profissionais da educação têm sido tratados nas últimas décadas...

De facto, precisamos, cada vez mais, de inteligência... natural!