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O Banquete

A República de Platão é o livro mais conhecido do filósofo grego. Contudo, em "O Banquete", também conhecido como Simpósio, Platão vai discutir as naturezas do amor e da alma.

Apresentação do livro ‘Ensaios de liberdade’, de Luís Manuel P. Silva | CUFC [Aveiro], 23 de junho, 21.30h.

19.06.23 | Servido por José Manuel Alho

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Realiza-se, no dia 23 de junho de 2023, no Centro Universitário Fé e Cultura (Aveiro), às 21.30h., sessão de apresentação do livro ‘Ensaios de liberdade’, da autoria de Luís Manuel Pereira da Silva (notas biográficas abaixo).

A sessão iniciará com momento musical de homenagem póstuma ao maestro António Mário Pinto da Costa, amigo do autor e falecido neste mesmo dia 23 de junho, em 2018.

A obra será apresentada por João César das Neves (Professor Catedrático de Economia da UCP e autor do prefácio – via zoom), por Carlos Sousa e Silva (professor jubilado e autor do posfácio) e António Jorge Ferreira (editor da Tempo Novo Editora).

 

Opções simbólicas da capa e título

A capa apresenta uma balança desequilibrada, pousada sobre mão, aludindo ao risco do desequilíbrio do conceito de liberdade e das suas implicações nas próprias vivências desta. A mão, de características femininas, alude à iconografia clássica que representa a liberdade como mulher, repercutindo a ideia de que o verdadeiro ato de liberdade é aquele que faz nascer novas liberdades e não aquele que, por ser fechado em si, as abafa. Mão semelhante, aliás, à que se encontra na capa de ‘Bem-nascido… Mal-nascido…’, criando uma unidade entre as duas obras deste autor.

No título ‘ensaios de liberdade’ exprime-se uma intencional ambiguidade entre a ideia de que se trata de ensaios que refletem acerca da liberdade e a de que eles mesmos são, em tempos de tantos sufocos, exercícios de pensamento destemido.

 

Breve apresentação do livro ‘Ensaios de liberdade’

‘Ensaios de liberdade’ é a mais recente obra de Luís Silva, depois de ‘Teologia, ciência e verdade’ (2004) e de ‘Bem-nascido… Mal-nascido…’ (2019).

Reúnem-se, nesta obra, dezoito ensaios que refletem o pensamento do autor acerca da ‘liberdade’ repercutindo a sua análise, ao longo dos últimos quinze anos, sobre o impacto que o conceito de liberdade tem na própria vivência desta.

‘O modo como pensamos a liberdade reflete-se no modo como a vivemos’ é um pressuposto desta obra, onde se denunciam conceções incompletas de liberdade e se formula um conceito que supera os limites diagnosticados.

É uma obra de diagnóstico, mas também de terapêutica para uma sociedade que, nascida da convicção da centralidade da liberdade, parece não saber conviver com ela, por viver de um fantasma e não da própria realidade que ela é: situação quase doentia esta em que nos dizemos ‘livres’ mas em que parecemos sufocar e ansiar por uma realidade de que, afinal, nos dizemos portadores. No entender de João César das Neves, autor do prefácio, o autor de ‘ensaios de liberdade’ “traça as origens, os processos, mas sobretudo as consequências desta estranha doença.”

Traçado o diagnóstico, Luís Silva aponta uma terapêutica, bem descrita no posfácio por Carlos Sousa e Silva: “com argumentação rigorosa, fundamentada e bem explícita, faz a desmontagem do falacioso enquadramento da Liberdade como concebida pela Vontade, demonstrando com evidência os perigos que esta ideia, tão veementemente defendida pelos media, comporta e passa, depois, com pertinência esclarecedora, a fazer prova de que a “gestação” da Liberdade é feita não pela Vontade, mas pela Razão.”

Uma obra que identifica e ousa propor a superação do voluntarismo e solipsismo da ‘liberdade’ que a convicção do cogito cartesiano – ‘penso, logo existo’ – gerou numa certa linha de modernidade.

Urge, no entender do autor, salvar a liberdade para que não venhamos a sucumbir às consequências de uma ‘liberdade’ que, afinal, não o era, mas julgávamos ser.

Temas como o aborto, o suicídio, a eutanásia, desejos e direitos LGBTI+, etc., servem de pretexto para uma problematização do conceito de liberdade implícito.

Liberdade que se soma – e não se some – é o que nos propõe Luís Silva: uma liberdade em que os outros não são ‘inferno’, mas condição de possibilidade para que possamos ser.

Breve biografia do autor (mais notas abaixo)

Licenciado em Teologia (UCP), Mestre em Bioética (UCP), Professor de EMRC. Preside à comissão diocesana da cultura de Aveiro. Participa em conferências, debates e outras iniciativas, dedicadas a matérias de educação, teologia e bioética. Publica, regularmente, artigos de opinião em revistas e jornais, debruçando-se sobre as matérias em que se especializou. É casado com Cláudia Macedo e pai do João José e da Maria Marta.

Publicou, em 2004, «Teologia, ciência e verdade – condições para a definição do estatuto epistemológico da Teologia, segundo o pensamento de Wolfhart Pannenberg» e, em 2019, «Bem-nascido, Mal-nascido… Do ‘filho perfeito” ao filho humano»

É um dos autores convidados para a obra coletiva, Portugal Católico, com artigo sobre A Educação Moral e Religiosa Católica nas escolas. Livro coordenado por José Eduardo Franco e José Carlos Seabra Pereira, com edição do Círculo de Leitores/Temas e Debates, e autor de entradas no dicionário de Mística e Espiritualidade (em preparação).

Tem coordenado, desde 2007, equipas de autores de manuais do ensino secundário de EMRC, editados pela Fundação SNEC:


O autor

Biografia

Luís Manuel Pereira da Silva nasceu na região de Champagne, em França, na cidade de Epernay, tendo vivido a sua infância em Pessegueiro do Vouga.

Frequentou os Seminários de Santa Joana Princesa, em Aveiro, e da Sagrada Família, em Coimbra, de que guarda marcantes e gratas memórias.

Licenciou-se em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa (UCP), com tese sobre o estatuto epistemológico da Teologia segundo o pensamento de Wolfhart Pannenberg.

Obteve, no Instituto de Bioética da UCP, a pós-graduação e mestrado em Bioética, defendendo tese que, com alterações, é a base do livro ‘Bem-nascido… Mal-nascido…’, publicado em 2019.

É, desde 2009, professor de EMRC no Agrupamento de Escolas de Albergaria-a-Velha, depois de 10 anos de docência em Sever do Vouga.

Foi membro da direção e professor no Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro (2008-2014). Colabora com o CEFAM (Centro de Formação D. António Marcelino), dando formação em Antropologia Teológica e Introdução à DSI.

Coordena, desde 2007, equipas de redação dos manuais de EMRC para o ensino secundário, sendo autor de manuais sobre questões de ‘ética e desenvolvimento integral’, ‘valores e ética do cuidado’, ‘o amor e o amar’, ‘política e ética cristã’, etc.

É sócio fundador da ADAV-Aveiro (Associação de Defesa e Apoio da Vida), a que presidiu entre 2009 e 2019. Preside, desde 2015, à Comissão Diocesana da Cultura – Aveiro.

Recebeu diversos prémios, na qualidade de professor coordenador, destacando-se os prémios obtidos com a realização de filmes dedicados a temáticas bíblicas, no âmbito do prémio ‘Bíblia Moov’, em colaboração com o professor Paulo Calhau: ‘Emilagrando’ (2017), ‘Noé – acque di Dio’ (2018), ‘David – um amor demasiado humano’ (2019), ‘A herança de Paulo – o outro é causa nossa’ (2022).

É autor do blogue www.teologicus.blogspot.com e, frequentemente, convidado para conferências nas áreas de formação.

É casado com Cláudia Macedo e pai do João José e da Maria Marta.

Bibliografia

«Teologia, ciência e verdade – condições para a definição do estatuto epistemológico da Teologia, segundo o pensamento de Wolfhart Pannenberg», Gráfica de Coimbra, 2004.

«Bem-nascido… Mal-nascido…, Do ‘filho perfeito” ao filho humano: paradigmas bioéticos e eugenismo», Tempo Novo Editora, 2019.

É um dos autores convidados para a obra coletiva, Portugal Católico, com artigo sobre A Educação Moral e Religiosa Católica nas escolas. Livro coordenador por José Eduardo Franco e José Carlos Seabra Pereira, com edição do Círculo de Leitores/Temas e Debates.

Manuais de EMRC (Educação Moral e Religiosa Católica) do ensino secundário, Fundação SNEC, desde 2007 (como autor ou em coautoria).

– «A vida conta… branco no preto», em 2005, editora Tempo Novo (Coordenação)

– «Fracassos da Corte», obra do século XVII, Publicação da editora Tempo Novo, em maio de 2017 (coordenação)

Foi diretor da revista de teologia Dabar e fundou a revista Signum, tendo sido o seu primeiro diretor. Integrou o conselho redatorial da revista Práxis. Integra o conselho redatorial da revista «Igreja Aveirense», onde tem artigos publicados. Coordena as publicações no site da Comissão Diocesana da Cultura, https://diocese-aveiro.pt/cultura/

Tem mais de cem artigos publicados nas revistas Dabar, Signum, Theologica, Práxis, Ensaios de Bioética, Estudos Teológicos, Mundo Rural, etc., e nos jornais Terras do Vouga, Correio do Vouga, entre outros, repercutindo parte destas reflexões no seu blogue www.teologicus.blogspot.com.

(Coautor) Guião de animadores Faz-te ao caminho (para animadores de grupos juvenis da ACR – Acção Católica Rural) – 2004-2005, e do guião de animadores Sonhar e desenhar um mundo melhor (para animadores de grupos infantis da ACR – Acção Católica Rural) – 2005-2006.

Tradutor do livro Xavier Basurko – Para viver o Domingo, editado pela Gráfica de Coimbra, em 2001, e do livro A Família na Doutrina Social da Igreja, edição do Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro.

Autor de duas entradas no Dicionário de Mística e espiritualidade (no prelo)

 

Artigos

Tem artigos publicados nas revistas Dabar, Signum (de que foi fundador e primeiro diretor), Theologica, Práxis, Ensaios de Bioética, Estudos Teológicos, Brotéria, Mundo Rural, e nos jornais Terras do Vouga, Ecos da Ria, Correio do Vouga.

Texto retirado daqui