Eficácia dos manuais digitais começa a ser questionada e há países a recuar
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"Eficácia dos manuais digitais começa a ser questionada e há países a recuar
Resultados de vários estudos apresentados na conferência Book 2.0 ajudam-nos a reflectir sobre como melhorar a literacia infantil e a aprendizagem na sala de aula em tempos desafiadores."
In jornal PÚBLICO
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Tão previsível quanto óbvio. Por exemplo, no caso concreto dos petizes do 1.° Ciclo, entendo que a otimização dos recursos digitais deverá ser feita com prudente moderação e intencionalidade, sob pena de um dia destes as nossas crianças não saberem comunicar com a letra manuscrita ou, simplesmente, não conseguirem assinar meros documentos pessoais. Defendo que a incursão pelo digital deverá, sempre, concretizar-se numa lógica de complementaridade, recusando ousadias não testadas e, por isso, ainda por avaliar em toda a sua extensão e impacto(s).
Em alguns casos, já se cometeram verdadeiras atrocidades. O voluntarismo impensado, animado pelo impulso, com o propósito de ser "modern@" ou de agradar futilmente, tem caracterizado algumas experiências digitais que se revela(ra)m perniciosas.
O recuo, melhor, o regresso ao básico, sem hostilizar o digital, que deve ser integrado de forma proporcionada, acontecerá com naturalidade. Em Portugal, demorará (mais) tempo.
No Ensino, precisaríamos de um pacto de estabilidade para, pelo menos, meia década.
Dever-se-ia aplicar o princípio da estabilidade de políticas, de procedimentos burocráticos e de orientações tutelares.
O princípio da estabilidade traz previsibilidade e rotina, que são securizantes. Na política. Na Justiça. Na Saúde. Por maioria de razão, também na Educação. Professores, Alunos e Famílias - não necessariamente por esta ordem - anseiam por estabilidade, previsibilidade e rotina(s). Há que devolver-lhes a segurança de que precisam para, em cada momento, sacar o melhor de cada um destes protagonistas.