O mistério das coisas nomeadas
28.06.25 | Servido por José Manuel Alho
A PALAVRA
Falo da natureza.
E nas minhas palavras vou sentindo
A dureza das pedras,
A frescura das fontes,
O perfume das flores.
Digo, e tenho na voz
O mistério das coisas nomeadas.
Nem preciso de as ver.
Tanto as olhei,
Interroguei,
Analisei
E referi, outrora,
Que nos próprios sinais com que as marquei
As reconheço, agora.
S. Martinho da Anta, 13 de Abril de 1965.
In Diário X