Um/a Ministro/a da Educação oriundo do 1.º Ciclo do Ensino Básico seria uma revolução
Defendo, há muito, um programa que garanta a desburocratização, a simplificação e a dignificação da ação docente. Os Professores (com P maiúsculo) precisam - e merecem! - que se lhes garanta o regresso ao essencial. E isso implica aceitar que são especialistas, altamente qualificados, cujo mérito não pode ser abastardado em tarefas e atividades espúrias. Com uma carreira dignificada, sem garrotes oportunistas, urge acarinhá-los, respeitando-os desde a alvorada até ao anoitecer. Nações que se dão ao respeito não achincalham nem patrocinam campanhas de inveja e ódio sociais contra quem garante a formação de gerações.
E, acreditem, ter um/a Ministro/a da Educação oriundo do 1.º Ciclo do Ensino Básico seria uma revolução, que desafiaria as mais tontas e atávicas reservas mentais contra os professrzec@s do sistema.
Premiar agrupamentos que cumpram objetivos (mensuráveis) de desburocratização, que abdiquem da reunite contumaz, em favor de uma atmosfera de profícua convivência, regulada por maior democraticidade, participação e transparência, deveria ser um imperativo governamental.
Quando a representação sindical docente vive uma estrondosa crise de credibilidade, sem paralelo conhecido, com um atrofiamento geracional que vergasta toda uma classe, importa ousar. Neste caso, ousar significa(ria) também um poder político disposto a romper com arquétipos cristalizados sem razão. Sem preconceito, concluo que a douta e longa linhagem de Ministros da Educação oriundos do ensino universitário não trouxe nada de verdadeiramente novo e transformador à Educação em Portugal.
Impõe-se um rompimento com o passado. O setor roga por um/a Minsitro/a que venha do terreno, com noções muito claras do que, realmente, é crucial, decisivo e estruturante. O meio está saturado de (pseudo)reformas de momenclatura, gizadas no e para o domínio do etéreo. Simplesmente, já não há pachorra.
E, acreditem, ter, por exemplo, um/a Ministro/a da Educação oriundo do 1.º Ciclo do Ensino Básico seria uma revolução, que desafiaria as mais tontas e atávicas reservas mentais contra os professorzec@s do sistema.